quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sem nome

Na noite escura,
De longe um grito,
Na rua um aflito
Procura abrigo.

No peito a dor,
Na barriga a fome,
Do frio se esconde,
O ser não tem nome.

Seu endereço, a rua,
Sua luz, a lua,
A necessidade é sua,
A dor  nua e crua.

O olhos vazios,
A voz trêmula,
O coração grato,
Àquele que lhe permite viver.

(Aquela que ouve -27/12/2009)

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